sexta-feira, 28 de outubro de 2011

O amor é pitosga???



Hoje as minhas consultas começaram com uma questão que eu acho que mais cedo ou mais tarde já passou pela cabeça de toda a gente:
"Como pude eu amar aquela pessoa"?
Pois eu já perdi a conta às vezes que ouvi semelhante frase em círculos de amigos ou em actividade profissional e assim sendo decidi dedicar um pedaçinho a pensar no assunto!
Será que o amor é efectivamente cego???


Existem várias substâncias químicas que insistem em circular alegremente na corrente sanguínea quando estamos apaixonados. Pesquisadores vão descobrindo, aos poucos, o papel que esses elementos exercem quando nos apaixonamos e quando estamos em relações mais duradouras. É claro que o estrogenio e a testosterona agem na questão sexual. Sem eles, nunca nos poderíamos aventurar no mundo do "amor verdadeiro".A "toleira" inicial que surge quando começamos a apaixonar-nos inclui um aceleramento do coração, rubor na pele e humidade nas mãos...
Afirmam os entendidos que isso ocorre por causa da dopamina, norepinefrina e feniletilamina que eliminamos. A dopamina é considerada o "elemento químico do prazer", que produz a sensação de felicidade. A norepinefrina é semelhante à adrenalina e causa a aceleração do coração e a excitação. De acordo com Helen Fisher, antropóloga e pesquisadora do amor (conhecem profissão mais deliciosa???) da Universidade Rutgers, estes dois elementos juntos causam elevação, energia intensa, falta de sono, paixão, perda de apetite e foco único. Ela também afirma que "O corpo humano lança o cocktail do êxtase do amor apenas quando encontramos certas condições e... os homens produzem esse cocktail com mais facilidade, por causa de sua natureza mais visual".
Estão inclusive a fazer-se ressonâncias magnéticas para analisar o cérebro das pessoas enquanto elas observam a fotografia de quem amam. Segundo Fisher,  o que eles vêem nessas imagens durante a fase "não-penso-em-outra-coisa" do amor - a fase da atracção - é o direcionamento biológico de focar em uma única pessoa. As imagens mostraram um aumento no fluxo de sangue nas áreas do cérebro com altas concentrações de receptores de dopamina, substância associada aos estágios de euforia, paixão e vício. Os altos níveis de dopamina também estão associados à norepinefrina, que aumenta a atenção, memória de curto prazo, hiperactividade, falta de sono e comportamento orientado. Em outras palavras, casais/pessoas nesta fase concentram-se muito no relacionamento e deixam de lado o resto do Mundo.
Outra possível explicação para o foco intenso e a idealização que ocorrem na fase da atracção vem dos pesquisadores do University College, em Londres. Eles descobriram que as pessoas apaixonadas têm níveis mais baixos de serotonina e os circuitos nervosos associados à avaliação dos outros são reprimidos. Esses níveis mais baixos de serotonina são os mesmos encontrados em pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo, o que pode ser a explicação da obsessão que os apaixonados têm por seus parceiros.


Ora vá lá ver em português simples e correcto, o povo fica "amalucado".
O amor é bom, perfeito, maravilhoso SIM, enquanto dura e tenho para mim que o eterno é o tempo do instante que dura por isso quando tudo passa e SIM passa vem a encrenca!
E é nessa altura que olhamos para trás e achamos que algo estava errado connosco! E não é que estava?
É só responsabilizar as quimicidades acima citadas!
E esta hein?
Bom pensamento para o finalzinho de semana, ou não é?
(PS-ahhh...tem tratamento portanto ;)))

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Instantes de Ficção



Eu sentia frio mas...
Vi-te deslizar com a camisa branca por entre os tons obscuros da sala e senti os teus olhos cravarem em mim! Não resisti à tentação de levantar o queixo para me certificar que era verdade e devolvi-te o olhar...
Foi o segundo em que sorriste...algo...quebrou!
A forma harmoniosa como movias os lábios ao som das tuas próprias palavras, como os teus olhos se cerravam para se adaptarem à falta de luz que envolvia toda a atmosfera, a maneira como a tua pele reluzia...
Não tenho a certeza se eram os aromas misturados no ar de tudo o que movia ou se era o teu cheiro que me tinha invadido ao tempo que te aproximavas de mim...eras tu...tive a certeza que eras tu quando a tua mão escaldou a pele das minhas costas mal a encostaste.
Puxaste-me para que te ouvisse melhor e enquanto susurravas ao meu ouvido e seguravas o meu tronco a minha alma quebrou e em segundos preencheste todas as frinchas que existiam...num segundo!
Aqui deitada na areia nada mais preenche os meus sentidos a não ser a tua ausência e a saudade do que não tivemos, os toques que nunca exitiram, os beijos que ficaram por dar, os corpos que ficaram sem se conhecer...
É certo que estava frio mas...até quando?
por Susana Dias Ramos

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A neura de hoje!


O responsável por todas as neuras de hoje...Muito bom...
Como este não é um blog opinativo vou remeter-me ao silêncio e única e exclusividade soltar o grito do "epiranga"!!!
Vai Danillloooooooo...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Instantes de Ficção


"Eu decidi perdoar-te...Levantei-me e fui em bicos de pés às escondidas de toda a gente, cheirar o teu perfume, que guardo religiosamente escondido no armário que ninguém conhece.
Inspirei-te...
Respirei-te...
E ao sabor das ondas na minha face senti...vou perdoar-te...estou a perdoar-te...
A voz dentro de mim que me grita para te odiar está cada vez mais fraca.
Fechei os olhos para tornar o som mais claro e por momentos o silêncio invadiu-me. Não te odeio mais?
Ou talvez quase nada...apenas uma restia insuficiente para me manter assim!
O ódio, tal como o amor, alimenta-se com as menores coisas, tudo lhe cai bem. Assim como a pessoa amada não pode fazer nenhum mal, a pessoa odiada não pode fazer nenhum bem...
Mas ontem...enquanto o Sol caía e me lembrava de ti senti-me derreter na tristeza dos teus olhos.
Não encontrei neles vida nem felicidade. Sei que é apenas uma fotografia...mas recordo cada expressão luminosa que deles emanavas. Como um campeão que acabou de conquistar mais uma etapa...e agora...o vazio! Quase dor...
E ninguém vê...Ninguém te vê...
Perdoar não será doar o amor?
Permitir que a pessoa objecto do perdão possa também devolver um amor que, até então, só negara ...
Então se te perdoar...amo-te?
Se eu te perdoar...amas-me?
Se te sinto aqui, se te sinto em mim e se quem ama nunca sabe que ama...e ás vezes nem sabe o que é o amor...
O amor não se conjuga no passado, sabias?
Tu amas-me...e eu sei...e por isso...
Perdoo-te..."
por Susana Dias Ramos