segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

ANTI


Desde sempre vejo as chamadas de atenção para a defesa dos direitos da mulher e como feminista que sou estou do lado de todas elas mas desta vez vou insurgir-me e defender os direitos masculinos de unhas e dentes!
Um movimento norte-americano quer proibir a prática na cidade de São Francisco. Diz que é tão barbara como a mutilação genital feminina, e EU estou de acordo e acrescento. Deveria estender-se o movimento ao mundo inteiro.

Removê-lo ou mante-lo? A questão é antiga e diz respeito a uma parte íntima do corpo do homem: o prepúcio, a pequena prega cutânea que cobre parte da glande do pénis. Judeus e muçulmanos sempre optaram por o remover, tal como muitos ocidentais. Os argumentos a favor vão da convicção religiosa à saúde pública: a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a circuncisão diminui em quase 60% a transmissão do vírus HIV numa relação heterosexual desprotegida.
É um argumento de peso, mas insuficiente para Lloyd Schofield, que se arrisca a ficar mundialmente conhecido pelo movimento inactivista (de corpo intacto).
Se não ficar mundialmente pelo menos aqui no blog da neura será famoso!
Schofield acredita que a circuncisão é uma mutilação imposta ao corpo masculino e está a tentar recolher, até Abril, um mínimo de 7168 assinaturas para referendar o tema nas eleições municipais em Novembro de 2011 em São Francisco.
Quem visita a sua página na internet fica elucidado: o gestor de crédito, reformado, defende a ilegalização "da circuncisão, excisão, corte ou mutilação de toda ou qualquer parte do prepúcio, testículos ou pénis de uma pessoa que não tenha ainda 18 anos". As penas propostas seriam exemplares: poderiam chegar a 1 ano de prisão.
Schofield não só compara a prática à mutilação genital feminina, proibida desde 1996, como sublinha os riscos: "dor lancinante, destruição de nervos, perda do funcionamento normal dos tecidos, infecção, desfiguramento físico e até morte"!

A circuncisão é praticada há pelo menos 5 milénios. Diz a tradição hebraica que Abraão recebeu instruções de Deus antes do nascimento do filho Isaac e que todos os Judeus deveriam praticar este acto como símbolo de pertença. O ritual de passagem , idealmente ao oitavo dia, tornou-se central na cultura hebraica. Também no Islão é a norma, ao contrário do universo cristão - mas teve os seus apoiantes a Ocidente: sendo o prepúcio uma das zonas mais erogenas do pénis, a sua extracção era sugerida de forma a desincentivar a masturbação.
Andrew Sullivan, cruzado anti circuncisão, coloca a questão de forma dura:
"a maioria das circuncisões não usa anestésicos. Os bebés são amarrados com as pernas afastadas e os braços e abdómen presos, já que quando vêem o pénis cortado gritam e lutam. Se os pais amputarem qualquer parte do corpo dos filhos devem ser presos por abuso"!

ESTOU COM ELES!!!

1 comentário:

  1. Estou arrepiado.
    Realmente falas.se muito das mulheres e nós ficamos um bocado esquecidos no meio de tudo.
    É uma mutilação. Uma maldade.

    ResponderEliminar